O julgamento de Otto Adolf Eichmann sobre crimes cometidos na Alemanha nazista (1960)

Entre 1933 e 1943 o tenente-coronel Otto Adolf Eichmann serviu ao governo alemão, sendo responsável por gerir a logística da deportação em massa dos judeus para os guetos e campos de extermínio. Após a invasão da Hungria pela Alemanha, Eichmann e sua equipe foram destacados para a deportação da população judia para Auschwitz, onde mais de 430.000 judeus foram mortos. Segundo William Shirer, Eichmann afirmou no final da guerra que "daria saltos na sua sepultura de tanto rir porque, senti que tinha cinco milhões de pessoas na sua consciência, seria para ele uma fonte de extraordinária satisfação." Após o término da Segunda Guerra Mundial, com a derrota alemã, Eichmann fugiu, passando pela Áustria e pela Argentina, até que foi encontrado em 1960 e levado para julgamento por seus crimes no Tribunal Distrital de Jerusalém, sob supervisão do Tribunal Militar internacional.