O trabalho infantil foi há muito tempo reconhecido como uma violação dos direitos da criança, dos direitos fundamentais do trabalho e dos direitos humanos, bem como uma barreira concreta ao desenvolvimento nacional. Nas últimas décadas, a comunidade internacional estabeleceu normas importantes sobre a forma de o definir e de priorizar a sua eliminação.

        O continente africano sofre, atualmente, com esse grave problema, tal que há crianças sendo exploradas em ambientes desumanos e perigosos de trabalho infantil, como a escravatura, a prostituição e o tráfico de drogas. Nesse ambiente, as mesmas trabalham em condições insalubres, expostas a produtos químicos, em alturas perigosas, debaixo de terra ou da água e sujeitas a maus-tratos, abusos sexuais e psicológicos.

        Hoje, 65,1 milhões de crianças na África Subsaariana estão em tais condições, cerca de 1 a cada 4 crianças. A pouca escolarização das crianças no continente em que 1 em cada 3 não frequenta a escola primária, o mais elevado índice de prevalência VIH/sida do mundo, bem com o aumento de conflitos nos quais crianças são alistadas, tornam as crianças subsaariana mais vulneráveis ao trabalho e a exploração do que outras em outros lugares do mundo.

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        A Organização Internacional do Trabalho (OIT) deverá discorrer, dessa forma, sobre os problemas do trabalho infantil presentes na África. Cabe aos delegadxs discutirem esse assunto em um amplo debate diplomático, tangenciando as questões desumanas presentes no continente que infringem os direitos humanos das crianças.